sábado, 29 de agosto de 2009

Doalcey Bueno de Camargo, que saudade Dodô!

Hoje liguei o rádio muito cedo, antes das sete da manhã já estava ouvindo o Clóvis Monteiro na Tupi e o Antonio Carlos na Globo, um sábado que até então estava marcado pelo passamento do grande comunicador Francisco Carioca. Pouco depois das sete da manhã, o Clóvis Monteiro informa na Tupi que a família Tupi estava de luto, acabava de chegar na rua do Livramento a notícia do passamento do grande, genial, mostro sagrado, imortal, DOALCEY BUENO DE CAMARGO.
O sábado já não foi mais o mesmo para todos os amantes do rádio esportivo, afinal de contas, seu Dodô, era o maior nome da locução esportiva, ainda vivo. O único representante de um timaço de locutores, com potência de voz, impostação, colocação de voz, enfim, ele que ao lado de Waldyr Amaral, Jorge Curi, Fiori Giliotti, Pedro Luiz, levou ao rádio ouvinte, as grandes conquistas do Brasil, penta campeão de futebol.
Minha primeira recordação de Doalcey, deve ser do final da década de 60, eu ainda com meus oito, nove anos de idade, ficava domingo colado no rádio, ouvindo seu Dodô na rádio Tupi. A locução no rádio nessa época era muito diferente de hoje em dia, e Doalcey se destacava pela trasnmissão limpa, emocionante, fazendo juz ao seu slogan de ser "O locutor mais vibrante do Brasil".
O tempo passou, o rádio mudou, Doalcey saiu e depois voltou para a Tupi, mas ele que durante pelo menos 30 anos, comandou o esporte da emissora da rua do Livramento, teve seu nome definitivamente confundido com a história da Super Rádio Tupi.
Uma das passagens que mostra bem, a grandeza de Doalcey, foi quando ele estreou na rádio Nacional, como eu disse, o rádio estava mudado, eram outros os tempos, nessa época, locutor não fazia mais ponta no campo, os pontas eram ou os repórteres principais das emissoras, ou então, os repórteres responsáveis pela cobertura diária dos clubes envolvidos na partida. Pois bem, a Nacional quando Doalcey foi para lá, tinha como locutores principais, César Rizzo e Júlio César Santana, os dois, como forma de homenagear o grande astro, o grande líder, acima de tudo o grande praça Doalcey, foram para o gramado do Maracanã e fizeram ponta para Doalcey, naquela jogo de estréia na Nacional.
Esse fato mostra todo respeito, toda a admiração, que todos nós, cronistas esportivos, que trabalharam ou não, com Doalcey, devotamos a esse MOSTRO SAGRADO DA LOCUÇÂO ESPORTIVA.
DODÔ não posso dizer para você descansar em paz, pois certamente Deus quando te levou, foi para te colocar imediatamente em ação, nas transmissões esportivas do céu, lá com certeza a briga pelo IBOPE está boa e a sua presença era essencial para o brilho das transmissões esportivas. Atenção Curi, Waldyr, Celso, PAulo César, Morales, podem se preparar por que o SEU DODÔ acabou de chegar!!!!
Como ouvinte fica a minha saudade eterna do grande locutor, como cronista fica o meu respeito eterno a um dos maiores professores do rádio do Brasil.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Top 10

Hoje resolvi postar no blog a opinião do ouvinte Renato Borges, sobre os 10 maiores locutores esportivos, que ouvi nesses 40 anos em que acompanho futebol pelo rádio.
Não curto muito esse negócio de escolher o melhor, quero apenas prestar uma homenagem a esse grandes nomes da comunicação esportiva, que durante muitos anos, emocionaram e emocionam o coração do povo brasileiro.
Minha lista dos top 10 é a seguinte:
José Carlos Araújo - Waldyr Amaral - Jorge Curi - Doalcey Bueno de Camargo - Paulo César Tennius - César Rizzo - Sérgio Moraes - Oswaldo Moreira - Vitorino José Vieira - Orlando Batista
Claro que é uma lista pessoal e vou justificar a presença de cada um na lista, mas antes devo fazer uma menção a dois nomes jovens, que tem tudo para escreverem seus nomes nessa lista de grandes locutores, são eles, Sidnei Marinho que merece uma chance de voltar ao dial carioca e o excelente Evaldo José, a meu ver, o melhor locutor que surgiu no rádio carioca, nos últimos 15 anos.
Na próxima postagem, vou começar a justificar a prese morei ença de cada um , desses monstros sagrados da comunicação esportiva, na minha lista de top 10.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Retomada do Blog

Abandonei o blog por um tempinho, estava ocupado com o projeto de lançamento da rádio Tupi de Rio Bonito, mas agora, vou voltar a escrever sobre o rádio e em especial o rádio esportivo.
Hoje, celebrando a volta das postagens, vou começar lembrando um nome que marcou época no rádio esportivo, tenho muito orgulho de ter trabalhado com esse profissional, pois como ouvinte era seu fã e como colega, confesso que aprendi muito com ele. Estou falando de José Cabral, o "moço da maricota", um nome que é uma escola no rádio esportivo do Brasil.
Trabalhei com o Cabral em duas emissoras, a primeira vez, na rádio Tamoio, onde ele era o locutor titular , aliás a equipe da Tamoio na época, era uma equipe de vascaínos, no seu time principal, Cabral o locutor, José Cunha o comentarista e a dupla de reportagem era formado pelo meu querido Jorge Nunes e eu, uma das jornadas inesquecíveis que realizamos lá, foi a decisão de 89, entre Botafogo e Flamengo, lembro que foi fantástico um grande trabalho que realizamos. Mas voltando ao Cabral, trabalhei com ele também na rádio Record, numa equipe que eu e o Carlos Borges formamos, que além do Cabral, contava também com Waldyr Amaral e Sérgio Moraes, duas figuras que serão lembradas em futuras postagens.
Lembrando do Cabral, a locução dele era única no rádio carioca, um estilo próprio, Cabral colocava muito bem a voz, parecia que cantava transmitindo, a puxada de tempo dele era fantástica, quem não se lembra do " Meu cronometro"... - um marco na puxada de tempo e placar.
O gol do Cabral, também era diferenciado, " o ......... bobeou e a maricota te enganou"... era muito bom ouvir José Cabral, um monstro sagrado da locução esportiva, que graça a Deus ainda está aí firme e forte, torcendo pelo seu Vascão.